Menopausa precoce: saiba o que é, causas, sintomas e mais

A menopausa é um processo natural que se dá entre os 45 e 55 anos. É caracterizada pela última menstruação, e marca o fim da vida reprodutiva da mulher. Entretanto, quando ela acontece antes dos 40 anos, é considerada precoce. Essa condição é diagnosticada apenas quando os sangramentos não ocorrem durante 12 meses seguidos. Uma vez que ciclos irregulares frequentemente a antecedem.

Tanto a menopausa comum quanto a precoce geram alterações hormonais, que podem desencadear mudanças de humor, sentimento de ondas de calor, problemas em relação ao sono e até mesmo depressão. Por isso, é importante que sejam realizadas consultas regulares com um ginecologista.

Na maioria das vezes, as causas do problema não estão claras, mas existem fatores que o propiciam como tabagismo e cirurgia de retirada dos ovários. Continue lendo para descobrir os motivos, sintomas, consequências, tratamentos e prevenção da menopausa precoce!

O que é menopausa precoce?

A menopausa precoce, também chamada de falência ovariana prematura, é quando a menopausa, que geralmente ocorre entre 45 e 55 anos, acontece antes dos 40 anos. Para ser considerada como menopausa, a mulher deve estar sem sangramentos há um ano.

Essa condição afeta 1% das mulheres, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e não deve ser confundida com a menopausa cedo, que acontece quando a menstruação cessa na idade de 40 a 45 anos e atinge 5% da população feminina.

Qual é a causa da menopausa antes do tempo?

A menopausa precoce, em 90% dos casos não apresenta uma causa definida, mas alguns fatores internos e externos podem ocasionar essa condição, sendo eles:

• Cirurgia de retirada dos ovários;

• Cirurgia de retirada do útero (histerectomia);

• Anomalias genéticas nos cromossomos sexuais, como síndrome de Turner e síndrome do cromossomo X frágil;

• Doenças autoimunes;

• Infecções virais;

• Distúrbios metabólicos;

• Quimioterapia ou radioterapia;

• Terapia hormonal;

• Hipotireoidismo autoimune;

• Insuficiência renal;

• Endometriose;

• Pequena quantidade de folículos;

• Tabagismo;

• Contato com toxinas ou pesticidas.

Quais são os sintomas da menopausa precoce?

Além da interrupção dos sangramentos menstruais durante 12 meses antes dos 40 anos, existem alguns sintomas iniciais que colaboram para indicar a falência ovariana prematura, como:

• Menstruação irregular;

• Ondas de calor;

• Oscilações de humor;

• Mudanças urogenitais;

• Dificuldade para dormir;

• Ganho de peso;

• Cansaço frequente;

• Secura vaginal;

• Queda de cabelo;

• Diminuição da libido.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito sempre por um médico especialista a partir da apresentação dos sintomas acima ou quando há dificuldade para engravidar. Os exames usados para constatar a menstruação precoce são medição das concentrações hormonais, exames genéticos e análise cromossômica. O exame de gravidez também é usado, para garantir que a ausência de sangramento não é devido à gestação silenciosa.

Os exames hormonais verificam os níveis de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante (FSH). Eles podem ser repetidos semanalmente durante um período antes de o diagnóstico ser confirmado.

Quais complicações o problema pode acarretar?

A falência ovariana prematura acarreta a redução dos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona, o que pode gerar as seguintes complicações:

• Ansiedade e depressão;

• Síndrome do olho seco e doença da superfície ocular;

• Doença cardíaca;

• Infertilidade;

• Hipotireoidismo;

• Osteoporose.

O problema pode causar infertilidade, entretanto, em alguns casos, a mulher consegue engravidar com auxílio de tratamentos ou mesmo de fertilização in vitro.

Como tratar a menopausa precoce?

Os tratamentos são feitos para aliviar os sintomas e reduzir os riscos à saúde. Uma vez que não é possível restaurar o funcionamento normal dos ovários. As opções mais usadas são:

• Terapia de reposição hormonal (TRH) ou uso de contraceptivos orais combinados: ajuda na diminuição das consequências indesejadas ocasionadas pela baixa produção hormonal;

• Estrogênio vaginal: contribui para a atenuação da sensação de secura na região;

• Praticar exercícios e ter alimentação equilibrada: colaboram para a regulação hormonal;

• Hidratação: beber a quantidade necessária de água ajuda no alívio das sensações de ondas de calor.

Como prevenir a menopausa precoce?

Ainda não há uma maneira comprovada para prevenir a menopausa precoce, mas a adoção de um estilo de vida saudável colabora para amenizar o processo. Uma boa alimentação e baixo consumo de bebidas alcoólicas combinados com a prática regular de exercícios físicos ajudam a manter a regulação hormonal.

Além disso, a inclusão da vitamina D e do cálcio na dieta ajudam a reduzir os impactos da menopausa, que pode acarretar osteoporose. Seu ginecologista pode ainda receitar outros métodos para a prevenção da condição de acordo com suas necessidades específicas. Por isso, faça consultas regularmente.

Relembrando: a menopausa é considerada precoce se ocorrer antes dos 40 anos. Sem uma causa definida, ela é diagnosticada quando a mulher passa um ano inteiro sem sangramentos menstruais. A condição não é reversível, porém, com auxílio médico é possível a realização de tratamento.

Agora que você já conhece o que é a menopausa precoce, que tal aprender como aliviar os sintomas da menopausa?